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Unânime
Setembro de 2008
Cenas de O Jogo

Um palco sob o pé e...

...mil idéias na cabeça. Brincando um pouco com o lema do Cinema Novo , uma câmera na mão e uma idéia na cabeça, gostaria de iniciar uma breve reflexão sobre a possibilidade ou digamos, a impossibilidade de se fazer teatro apenas com talento e boa vontade . Em uma sociedade em que as chances não são as mesmas e nem sempre a capacidade fala mais alto, nos perguntamos constantemente se vale a pena fazer arte. Muitos acham que não mas acabam fazendo mesmo assim, contra tudo e contra todas as dificuldades. Conciliam um emprego o qual não gostam durante a semana e aos sábados e domingos mergulham de cabeça em pequenas companhias pelo simples prazer de se fazer o que se gosta e o que se sabe. É incômodo ver tantos atores formados em escolas conceituadas , com uma bagagem cultural admirirável, necessitando trabalhar em empregos que nada tem a ver com a sua formação. As leis de incentivo , infelizmente, não dão conta de patrocinar tantos grupos que surgem a cada dia. As grandes empresas normalmente não investem em grupos pequenos, os diretores e dramaturgos renomados , em geral, não se arriscam com inciantes . E o mesmo ocorre com os dramaturgos e diretores iniciantes que não conseguem trabalhar com atores renomados. Outro fato que traz incômodo é ver tantos dramaturgos que nunca conseguiram encenar uma peça, embora tenham muitas escritas, e ver tantas peças estrangeiras que já foram encenadas centenas de vezes sendo encenadas mais uma vez. Não tenho nada contra as peças e dramaturgos consagrados. Inclusive, no momento, estou me dedicando à montagem de "A casa de Bernarda Alba", um clássico da dramaturgia espanhola. O que é bom deve ser montado e visto sempre. Só me parece que os autores brasileiros, principalmente os vivos, deveriam receber um pouco mais de atenção por parte dos diretores e atores conceituados e das grandes companhias teatrais. O medo e o preconceito em relação ao novo faz com que todos percam, principalmente o público.

Sílvia Marques
Postado originalmente no blog "Escrevendo Drmaturgia" (jan, 2006)

Filosofia do Teatral Espiritual

Espírito teatral


  • O difícil caminho fácil
    Sobre a imaginação do ator, Stanislavsk fala:" Terá de desenvolvê-la (...) ou desistir do teatro. De outro modo, cairá nas mãos de diretores que (...)"
  • Andando sobre as águas
    Este é o preço a pagar pela evolução: viver o que ainda não se conhece. Trilhar caminhos novos e escorregadios. Andar sobre as águas.
  • O preço da liberdade
    É uma das passagens mais voltadas ao trabalho individual do ator - sem elenco, sem colegas e extremamente solitário.